Grandes
amigos de Lauro da Escóssia homenagearam entre eles, intelectuais do calibre de
Ving-un Rosado, Raimundo Brito e Dorian Jorge Freire.
O
historiador Vingt-un Rosado destacou a dedicação de Lauro da Escóssia ao
Jornalismo. "Era um homem humilde que foi um servidor do Rio Grande do
Norte, como um jornalista que virava noites na redação em uma vigília
incansável".
O
jornalista Dorian Jorge Freire o considera o maior jornalista da história da
imprensa mossoroense. "Lauro foi o maior jornalista que Mossoró já teve,
quando o jornal saía era sempre um grande momento, com ele nunca houve
censura", afirmou.
Já Raimundo
Brito preferiu falar sobre a relação de Lauro com o Museu Municipal que hoje
leva o seu nome. "Sobre Lauro prefiro repetir aquilo que foi colocado no
livro que ele escreveu sobre a história de Mossoró: ...a vida de Lauro, a
história de Mossoró e a de O Mossoroense, como se vê tudo ali é uno e
indivisível. Uma coisa assim parecida com a santíssima trindade..."
Livros de
Lauro foram publicados nos últimos dez anos de vida
A produção
literária de Lauro da Escóssia ficou restrita aos últimos dez anos de sua vida.
O seu primeiro livro, publicado em 1978, 'As dez Gerações da Família Gamboa',
em que ele fez um estudo genealógico sobre os descendentes do alferes Manuel
Nogueira de Lucena, fundador da família Gamboa.
Três anos
depois, o decano do jornalismo potiguar escreveu 'Memórias de um Jornalista de
Província', no qual fala sobre momento importantes que viveu ao longo da
história de Mossoró como a fundação das primeiras entidades recreativas e
esportivas, relatando a chegada do primeiro automóvel e do primeiro avião,
invasão do bando de Lampião, as secas de 1915 e 1917, fundação do Tiro de
Guerra e do Grupo de Escoteiros, criação da Escola Normal e de sua atuação
político-partidária nas revoluções de 1924 e 1930.
O 'Futebol
da Gente', de 1982 aborda a história do esporte em Mossoró, com destaque para o
momento em que cita o fato de Celina Guimarães ter sido a primeira mulher de
que se tem notícia a ter arbitrado um jogo de futebol no Rio Grande do Norte.
Em 1983,
ele publicou mais dois livros, 'Cronologias Mossoroenses e 'Desfolhando a
Saudade', o primeiro faz uma síntese histórica da cidade, através de fatos e
acontecimentos numa seqüência cronológica desde aos primórdios da capital do
Oeste. Já no segundo, o autor reúne textos de sua irmã mais nova Maria
Escossilda, em O Mossoroense e outros pequenos jornais nos quais ela colaborou
até a sua morte, em 1935.
Em 1986 foi
a vez de Lauro lançar a sua penúltima obra literária, 'Anedotas do Padre Mota -
Vultos Populares e Outras Coisas de Mossoró...'. Este livro é dividido em três
partes: a primeira reúne o anedotário produzido pelo ex-prefeito e vigário da
Diocese de Mossoró, Padre Mota; na segunda, faz alusão às histórias dos tipos
populares que conviveu; já a terceira e última etapa deste livro reúne crônicas
sobre a cidade.
No ano de
sua morte, Lauro da Escóssia publicou seu último livro 'A Maçonaria em
Mossoró', no qual relata a história da maçonaria em Mossoró desde os seus
primórdios.
FONTE - JORNAL O MOSSOROENSE
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