sexta-feira, 25 de novembro de 2016

LAURO DA ESCÓSSIA AOS 100 ANOS



Vingt-un Rosado
Na celebração dos seus grandes filhos, as cidades costumam juntar, num mutirão de excelência, clero, nobreza e povo.
Certamente a prefeita Fafá e a governadora Wilma terão sensibilidade suficiente para levar os seus governos a assumir uma participação efetiva nas festividades comemorativas do centenário de Lauro da Escóssia, um grande de Mossoró.
O evento não pode se limitar a um programa do círculo familiar, mas deve despertar a província inteira, além dos lindes municipais.
Porque Lauro foi um servidor devotado do Rio Grande do Norte, como jornalista, principalmente, ele executava todas as tarefas de um jornal do interior, todas, desde a mais humilde até a de redação e virava as noites, numa vigília incansável, para que no outro dia a cidade dispusesse do seu centenário "O Mossoroense".
Jeremias da Rocha Nogueira fora o fundador em 17 de outubro de 1872, na fase do combate acirrado da maçonaria contra a igreja católica.
Um guerreiro da Loja Maçônica 24 de Junho contra o vigário Antonio Joaquim Rodrigues, da igreja católica.
Eis o seu avô.
A segunda fase é de João da Escóssia Nogueira, o xilógrafo, cujo pioneirismo na arte em que era um mestre, apesar de autodidata.
Homem de talento extraordinário que está despertando o interesse de centros culturais do país.
Eis o seu genitor, o construtor da fase que começou em 12 de junho de 1902.
Lauro e Escossinha carregaram com muita garra, coragem, humildade, desprendimento as tarefas que herdaram de Jeremias da Rocha Nogueira e João da Escóssia.
Funcionário público, Lauro o foi com zelo e probidade.
Diplomado em 1925 pela tradicional Escola Normal de Mossoró, na turma de que faziam parte, dentre outros, o memorialista Raimundo Nonato da Silva, o fabuloso retirante da seca de 1919 e Lauro Reginaldo, o "Bangu", que seria por duas vezes secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro, cargo também ocupado por Luís Carlos Prestes, "o cavaleiro da esperança".
Diretor do museu municipal, que eu organizara no tempo de Dix-sept, desdobrou-se em iniciativas culturais de valor.
Professor do ensino primário, tantas vezes perseguido pela independência do seu procedimento, como jornalista combativo.
Memorialista e historiador, deixou livros importantes para o estudo de Mossoró e sua região.
Desejo distinguir "As Dez Gerações da Família Camboa", para mim o mais importante título da genealogia potiguar.
Um livro que resultou de pesquisas axaustivas, uma vez que o linhagista Francisco Fausto de Souza estudara as cinco primeiras gerações.
No livro de Lauro está a própria história de Mossoró.
Ao terminar este depoimento singelo, quero homenagear três bisnetos de Lauro e Dolora, que são netos de Vingt-un e América, filhos de Lauro da Escóssia Neto e Lúcia Helena Rosado da Escóssia: o universitário Laurence Rosado da Escóssia, hoje habitante do país da saudade, Wagner Rosado da Escóssia, que deverá concluir no agosto próximo a sua graduação em Ciência Jurídicas e Sociais e a odontóloga Cynthia Rosado da Escóssia.
Tibau, 13 de fevereiro de 2005.
 FONTE -  JORNAL O MOSSOROENSE  

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